Salmo

Deus, luz inacessível
Gozo eterno e alegria
Nos teus átrios
Tu és aquele homem
Que carrega os cântaros?
De onde vem a tua água?
Minha água é eterna e inefável
Vêm do recôndito do coração de amor
Passam peregrinos
Negros, mesclados, brancos, cativos
Miro uma caravana no deserto
O escravatário, grita: ia!ia! 
Aos camelos do deserto
Que arrastam a gaiola dos condenados
Senhor, digo a meu Pai, haverá tamanha injustiça
Filho, é o peso da casa de José
São governadores presos pela ambição
Que aguardam pertencer o nilo de sua herança 
Culpados ou inocentes, achados ou perdidos
Desaparecem na miragem do mormácio do sol 
São só injustiçados Pai
Homens que não viram o sorriso da vida
Vai lá, homem de Deus
Dá a tua água àqueles homens
E aparta-lhes as suas cadeias
No dia de Cristo Salvador
Reinará paz e libertação, diz o filho
Nesse dia todos os homens lavar-se-ão no rio
E virá a chuva, a colheita, e a festa
Conclame aos arautos
Dá a notícia
Aos livres e os que foram cativos
Do reino das águas do rio da vida

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