Na solta

Na solta plantei braquiária, aconteceu quando eu era criança no interior nas terras de meu pai, plantamos na terra e no caminho do açude, o capim era para os animais, criavamos algumas cabeças de gado. Quando meu avô era vivo ia no curral e via ele tirar leite da vaca, seu nome era Clementino Rodrigues de Luna Ramalho, ele era da família Ramalho da Paraíba, da cidade de Conceição do Piancó. Estava no curral e os meninos levaram um bezerro novo e eu chamei de bode, meu avô achou engraçado e riu de mim. Ele era um bom homem, trabalhador. Um dia eu estava no curral e estavam laçando o gado, e me deram o laço e eu laçei um boi, e botei força pra dedéu, mas que boi brabo sô! Eu tinha medo de tomar umas chifradas do boi, um dia quase que ele me pega, escapei por pouco. O caminho para as últimas terras era longo, tinha descida depois uma longa subida, dava pra ver a Estrada da Garrafa, tinham currais, giral, muita cerca e mato alto principalmente no inverno, iamos de bota por causa da lama, no meio do caminho tinha olho d'água pelo caminho das terras do meu tio que ficava do lado das do meu pai. O nome do meu pai é Josué mas é mais conhecido como Ezinho, de 'paiezinho'. Minha mãe tinha canteiros no sítio e enquanto eu e meu pai estavamos no curral ela ficava no canteiro cuidando das hortaliças. Minha mãe é a Maria mas a chamam de Natí, somos a Família Silva Bezerra. Meu pai consertava a cerca e nós faziamos pé de cerca. O terreno do lado esquerdo era as terras da Maria Raimunda, ela criava gado também, um gado magro. Não que eu me sentia o rei do gado, mas foram dias inesquecíveis e o Ezinho marcava o gado com um 'E'.




*Escrito por Pastor Gabriel
*Imagem: Pastor Gabriel

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